“Para conseguir, porém, a apresentação do GUARANY, no Scala de Milão, teve o nosso maestro de lutar com muitas dificuldades, sendo a maior a falta de dez mil liras, que a empresa exigia “de presente” para poder conceder tão ambicionada honra, - porque é preciso saber-se: naquele tempo nenhum estreante podia exibir no Theatro Scala uma ópera sem oferecer à empresa um PRESENTE DE DEZ MIL LIRAS, pelo menos. Carlos Gomes escreveu, sem perda de tempo, ao Imperador, expondo-lhe sua situação e este, que sempre o protegera, mandou-lhe logo a quantia pedida do seu bolsinho particular” (Silio Boccanera Júnior, em A Bahia a Carlos Gomes, citado por Martins de Andrade em seu livro “Carlos Gomes”, de 1939.