O Condor

Ação lírica em 3 atos, libreto de Mario Canti. Data de estréia: 21 de fevereiro de 1891, Teatro Alla Scala. Ópera lírica em três atos, dedicada ao comendador Theodoro Teixeira Gomes.

Resumo: Odaléa, rainha da Samarcanda, por preceito religioso, não pode ceder ao amor humano e deve manter-se virgem. Adin, pajem da soberana, é alvo de caçoadas por anunciar que alguém - o Condor - ousa profanar o castelo real. O novo personagem declara abertamente seu amor por Odaléa, e esta, mesmo sabendo-se impedida de aceitar o cortejo do recém-chegado, não consegue ordenar que seja decapitado, o que causa indignação à corte. A rainha vai à mesquita para rituais religiosos e seu séquito é atacado por hordas selvagens. Condor, contrariando os pedidos de sua mãe, a nômade Zuleide, vai em socorro da amada e a salva. A rainha deseja conhecer seu libertador e Zuleida lhe diz que é Condor, chefe da Ordem de Nere, filho do sultão Amurath. Odaléa, desafiando seus pares e sua gente, nomeia Condor chefe, mas o povo não o aceita e o ameaça de morte. Almanzor, astrólogo caldeu e sábio da corte, anuncia que a vida de Odaléa está em risco por causa de seu amor. Condor oferece a imolação de sua vida em troca da de Odaléa. Começa um grande incêndio na cidade. Condor apunhala-se para salvar a rainha. O povo invade o palácio e depara-se com Odaléa debruçada sobre o cadáver do amado; Odaléa, por sua vez, atira a arma ao chão gritando: "E agora, infames, parti também meu coração!", enquanto a população grita de horror.