Drama lírico em 4 atos. Libreto de Antônio Ghislanzoni baseado no romance de Massanielo de Mierecourt. Data de estréia: 21 de março de 1874, Teatro Carlo Felice, Gênova; setembro de 1873, Teatro Alla Scala, Milão. Dedicada ao Dr. André Rebouças. Carlos Gomes produz Salvador Rosa, uma grand-ópera, em seis meses após o "fracasso" de Fosca, talvez como forma de desabafo por não ter sido compreendido nem pela crítica e nem pelo público.
Resumo: A ação decorre em julho de 1674 por ocasião do golpe napolitano contra o domínio espanhol. Salvador Rosa, pintor, poeta, músico, figura romanesca do Seiscentos italiano, é o herói do melodrama. O pintor recebe em seu ateliê a visita de Masaniello, que lhe expõe os planos da rebelião. O povo napolitano, entusiasmado pelas promessas de Masaniello, vence as forças do Duque D'Arcos e domina a cidade. Salvador Rosa, enviado como parlamentar, descobre em Isabella, a filha do duque, a mulher amada. Isabella, por sua vez, confessa ao pintor a paixão que também nutre por ele. Em meio à felicidade dos dois amantes, chega o duque e concorda com as exigências de Masaniello. Fernandez, general espanhol que ama Isabella em silêncio, urde uma trama para envolver Salvador Rosa e Masaniello. Vitoriosa a idéia de Fernandez, e diante da fatalidade que atinge o amado, Isabella consente em tornar-se esposa do espanhol para salvar a vida do pintor. Masaniello enlouquece sob a ação de um veneno e morre assassinado pela cabala. Salvador cobra de Isabella um comportamento que julga infame. No último ato, diante das imprecações raivosas do artista, Isabella - para provar sua paixão - mata-se com uma punhalada. Salvador, horrorizado, foge com Genariello, seu jovem discípulo, e o Duque D'Arcos, reconhecendo o erro, pede perdão à filha moribunda.